No Brasil, nesse mesmo período, o Impostômetro superou a cifra de R$ 3 trilhões, valor que, entre outras coisas, daria para pagar 50 salários-mínimos por mês durante mais de 5 milhões de anos.
Outro dado se refere aos dias trabalhados pelo brasileiro apenas para pagar impostos, que este ano teve a menor quantidade desde 2010. Foram 147 dias em 2023 contra 149 em 2022.
Os dados são do Impostômetro, plataforma desenvolvida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que tem como finalidade calcular os valores pagos em impostos pelos cidadãos brasileiros.
A ferramenta considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária.
Imposto é um tributo obrigatório cobrado pelo governo. É um valor pago pelo contribuinte para custear despesas administrativas do Estado. O não pagamento de impostos pode gerar multas e até punição legal.
É por meio dos impostos que o Estado entrega serviços e benefícios para a população. É como se o contribuinte investisse no governo para cuidar de serviços básicos (saúde, educação, segurança, moradia e transporte público, por exemplo).
O que ocorre, no entanto, é que o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES), que avalia se os impostos arrecadados são usados de maneira eficaz para melhorar a qualidade de vida das pessoas, indica que o Brasil está na última posição, entre os 30 países analisados.
O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores, como último colocado, fica atrás, inclusive, de países da América do Sul, como Uruguai (12º) e Argentina (20º).
O levantamento diz que a Irlanda, pelo quinto ano consecutivo, apresenta o melhor índice de retorno de impostos ao bem-estar da sociedade. Na sequência, o ranking aponta Suíça, Austrália, Estados Unidos e Coreia do Sul.
No Brasil, o estudo indica que as cinco unidades federativas que se destacam são: Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.
Por outro lado, entre os estados com menor índice de retorno ao bem-estar da população, estão: Bahia, Maranhão, Alagoas, Rondônia e Amazonas.
Fonte: O Combatente